Mulher Saúde

Exame obstétrico

Posted on: 05/05/2009

Além de todo desconforto nos momentos finais de gestação, a grávida ainda tem que agüentar aquele exame chatíssimo! Mas, o que o obstetra tanto sente naqueles toques?

Bacia obstétrica:

Para que haja o parto normal, a grávida deve ter uma bacia por onde seja possível a passagem do neném. Para ter uma idéia se a bacia é boa, tem alguns sinais indiretos que podem ser avaliados:

  • Ângulo subpúbico: é a região logo abaixo do ossinho da frente da bacia, o púbis. Para avaliá-lo, palpa-se a parte anterior da vagina no toque vaginal. Ele deve ter uma angulação de 90º ou mais.
  • Palpação das espinhas isquiáticas: são protuberâncias da bacia que podem ser palpadas no toque vaginal. Quando são muito evidentes, podem significar que não há espaço suficiente para a passagem da cabeça do neném.
  • Avaliação da conjugata diaginalis: tenta-se alcançar o sacro (parte mais inferior da coluna vertebral) no fundo da vagina. Se ele é facilmente alcançável, também pode significar uma bacia estreita.
  • Palpação do diâmetro bituberoso: na posição ginecológica, com as pernas hiperfletidas sobre a bacia, palpa-se uma protuberância (tuberosidade isquiática) dos lados externos da vagina, que deve distar entre si mais que 9,5cm.

Avaliação do colo uterino:

Para fazer o acompanhamento do trabalho de parto, é essencial o avaliar a evolução da dilatação do colo uterino. Para examinar o colo, o obstetra introduz os dois dedos dentro dessa dilatação, e o quanto ele conseguir abrir os dedos dentro desse colo, corresponde a quanto tem de dilatação. Por isso que essa parte incomoda tanto, mas por mais incômoda que seja, não há outro jeito de avaliar a progressão da dilatação.

Além disso, ao introduzir os dedos no colo, o obstetra sente a cabeça do neném, também verificando se ela está descendo pela vagina com o progredir do trabalho de parto.

Para que haja o parto, deve-se ter uma dilatação total, que é padronizada como 10 cm. Na prática, é quando no toque não dá mais para sentir nada do colo, apenas a cabeça do neném.

4 Respostas to "Exame obstétrico"

eu morro de medo do ensame de toque mim falaram que doi muito e verdade

O exame realmente é incômodo, pois a vagina, no final da gravidez e no trabalho de parto, fica mais sensível. Porém, ele é um exame essencial para o acompanhamento desses momentos. Para deixá-lo o menos incômodo possível, siga as orientações que dei no texto do exame ginecológico.

Dr. Paula,

Estou gestante de 9 semanas, tenho algumas dúvidas:

1) Faço luzes no cabelo, o profissional usa descolorante. Não posso mais fazer as luzes durante a gravidez? ou tem um determinado tempo que posso fazer?

2) Sou profissional da saúde, no meu trabalho tenho realizar cirurgias sob anestesia geral, existe algum risco para o feto a minha exposição no centro cirurgico? Eu posso absorver as substâncias (os anestésicos) que os paciente recebem e causar danos ao bebe? Os anestésicos são teratogênicos?

Obrigada!

Dra.,

Duas perguntas:

01 – O exame de toque na gravidez é necessário em todas as consultas, desde o ínício da gravidez?

02 – Qual o motivo da divergência entre obstetras na vacinação anti tetânica durante a gravidesz?

Grata.

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Dra Paula

Olá, sejam bem-vindas ao meu blog!

Antes de mais nada gostaria de me apresentar: sou médica formada pela USP, fiz residência em ginecologia e obstetrícia no Hospital das Clínicas da USP e fiz pós-graduação em Medicina do Esporte na Escola Paulista de Medicina (Cefit). Trabalhei no Hospital das Clínicas como médica responsável pelo ambulatório de Ginecologia do Esporte e na clínica Célula Mater.

Escrevo esse blog pois acredito que a mulher se beneficia muito quando entende seu corpo e o como as doenças atuam nele. Isso contribui com o acompanhamento clínico e o tratamento. A partir do momento que a paciente se torna uma pessoa consciente de seu corpo, ela fica mais ativa junto ao médico na busca pela saúde.
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