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A fase de latência é quando o colo começa e ter alguma dilatação. Ela pode durar de horas a dias, e é quando a grávida acaba indo inúmeras vezes ao hospital achando que finalmente chegou a hora.

Nessa fase as contrações ficam um pouco mais fortes que as de Braxton-Hicks, e mais freqüentes. Como elas se tornam mais incômodas, é comum a gestante ficar muito ansiosa, afinal, ela começa a sentir mais dor, mas o colo ainda demora para dilatar (ele começa a dilatar mais rápido a partir de 3 para 4 cm).

O que ela pode fazer para aliviar esse incômodo é, em primeiro lugar, saber que ainda pode demorar um pouco para chegar a hora H. Quando vierem as contrações, respirar fundo e devagar pelo nariz e soltar pela boca. Não é para respirar rápido porque muito oxigênio no sangue dá tontura e formigamento.

Se quiser um analgésico, peça para que seu obstetra o receite. Eles só aliviam a dor, e não inibem as contrações, assim, eles não vão fazer o trabalho de parto ficar mais lento do que já está.

Quando perceber que as contrações estão aceleradas, marque durante 1 hora: o intervalo entre elas e quanto tempo elas duram. A fase de latência costuma ter de 1 a 3 contrações a cada 10 minutos, e as contrações duram uma média de 60 segundos.

Um fato muito conhecido pelos estudiosos da área da obstetrícia é que a gestante, quando bem informada sobre o trabalho de parto, sente menos dor e consegue contribuir mais para que ele ocorra da melhor forma possível. Para isso, é importante saber quais são suas fases, o que deve esperar em cada uma delas e como deve agir em cada momento.

Para que esse texto não fique muito longo, vou separá-lo por partes, começando pela primeira fase, a de ativação. Essa fase começa no início do terceiro trimestre. É quando a gestante começa a sentir as primeiras contrações, que são aquelas dorzinhas chatas que podem ir para as costas.

São chamadas contrações de Braxton Hicks, e se caracterizam por ser contrações fracas que duram aproximadamente de 30 a 60 segundos. Aparecem algumas vezes por dia, de forma irregular, e podem estar relacionadas a esforços físicos ou com a movimentação fetal. São uma preparação bem inicial do útero para um futuro trabalho de parto, e são completamente normais.

Caracterizam-se por não promover uma dilatação no colo do útero. Elas tendem a aumentar sua freqüência conforme o avançar da gestação, mas são bem diferentes das contrações do trabalho de parto, tanto em intensidade quanto em freqüência.

O orgasmo, quando ocorre no terceiro trimestre, também pode desencadear essas contrações. Mas isso é completamente normal e não impede de forma alguma que essa gestante mantenha relações sexuais no final da gravidez.

 


Dra Paula

Olá, sejam bem-vindas ao meu blog!

Antes de mais nada gostaria de me apresentar: sou médica formada pela USP, fiz residência em ginecologia e obstetrícia no Hospital das Clínicas da USP e fiz pós-graduação em Medicina do Esporte na Escola Paulista de Medicina (Cefit). Trabalhei no Hospital das Clínicas como médica responsável pelo ambulatório de Ginecologia do Esporte e na clínica Célula Mater.

Escrevo esse blog pois acredito que a mulher se beneficia muito quando entende seu corpo e o como as doenças atuam nele. Isso contribui com o acompanhamento clínico e o tratamento. A partir do momento que a paciente se torna uma pessoa consciente de seu corpo, ela fica mais ativa junto ao médico na busca pela saúde.
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